CHAPÉUZINHO DE PALHA
_ Filhinho, o pacote que está em cima da mesa é dos remédios de seu avô, não esqueça de levá-lo, mas não demore muito,
_Está bem, manhê, eu vou correndo.
Chapeuzinho de Palha era um garoto muito esperto e corajoso para seus onze anos: robusto, cabelos castanhos, os olhinhos vivos., o xodó de seus pais.
Distraído jogando bola com os amiguinhos, quando se lembrou dos remédios do avô à tarde já ia avançada.
Patacoá era um vilarejo no interior de uma grande capital; seus habitantes eram pessoas simples, pacíficas, religiosas, mas sofriam de um grande desgosto; é que por aquele tempo um lobisomem, todo o período da Lua Nova, espalhava o terror pela região. Homens, mulheres, jovens quem quer que se aventurasse a atravessar a floresta após o cair da tarde estava sujeito a cair nas garras do feroz personagem..
Chapeuzinho de Palha, sem tomar conhecimento do perigo, pegou o pacote de remédios e saiu correndo para cumprir sua tarefa, tomando o atalho que o levaria a casa do avô.
_ Chapeuzinho de Palha, Chapéuzinhjo de Palha, aonde vai com tanta pressa? Perguntou Militão, um velho conhecido do povoado; era pessoa de bem.
_ Vou levar os remédios do vô.
_ Porque vai por esse atalho tão perigoso, não sabe que hoje é dia do lobisomem? Vá pelo caminho normal que é mais seguro, embora um pouco mais longo. Vai encontrar muitas coisas bonitas: aves, coelhinhos, sagüis; é bem melhor..
Chapeuzinho desviou-se e passou a seguir pelo caminho indicado. Andou, andou, apressadamente, e ao meio do caminho a figura horrenda do lobisomem saltou à sua frente; assustado deu um pulo para traz, tirou do pescoço a cruz de prata que trazia pendurada e apontou-a para o bicho. Com um urro terrível o animal sumiu no meio do mato.
O coração ainda aos pulos Chapeuzinho continuou, quase a correr, seu caminho, ainda segurando a cruz na mão.
Chega por fim cansado, ofegante à casa do avô.
_ Vovô, vovô, o senhor está aí? Pergunta o garoto batendo na porta.
_ Entre Chapeuzinho, entre.
O garoto entra e se depara com uma cena horripilante: o lobisomem caído ao chão, todo ensangüentado, morto e o velho avô com um facão enorme na mão.
_ Ó vovô que aconteceu?
_ Aconteceu Chapeuzinho que esse lobisomem nunca mais vai assustar nosso povoado.
_ Vovô esse não é o Militão?
_ Era, Chapeuzinho, era, esse cidadão de aparência tão bondosa na realidade era o bicho que aterrorizava todo o povoado.
_ Puxa vida!
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3 comentários:
Gostei da versão masculina do chapeuzinho de palha. Ele está linkado no meu texto. Espero que goste.
Um abraço,
Claudia
Gostei do Chapeuzinho menino...Boa idéia... Bem original...
Um Grande abraço
Vampiros, lobisomens... Creio que o senhor está pegando gostinho pela literatura fantástica mesmo! Abraços,
Olga.
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