DOZE PALAVRAS-QUINZE LINHAS
EDUARDO P. F. NETTO
ABRUPTAMENTE levantei-me da cama ao ouvir VOZES. O que seria? Parecia ser briga de bêbados que deixaram o baile. O SERENO não me impediu de buscar a VERDDE.
No jardim o perfume das ROSAS me fez dar um SUSPIRO. Que belas eram minhas flores.
A saudade daquela que toda MANHÃ vinha cuidar delas, regá-las, adubá-las podá-las quando necessário, provocou terrível ANGÚSTIA em meu peito.
O vozerio havia cessado, a ampulheta já prestes a virar, a alvorada se prenunciava gloriosa, a sinfonia matinal me embriagava, repentinamente meu signo do ZODÍACO, este velho touro dentro de mim numa dor imensa deu um INTENSO mugido, quase um ESTAMPIDO, ATÍPICO de sua natureza e caiu para não mais se levantar. Aquela alvorada que tantas e tantas vezes curtimos juntinhos despertou uma saudade demasiadamente forte para o velho coração. O rei sol, coando seus raios através das árvores, veio aquecer aquele corpo, numa muda homenagem àquele fiel amante; aquela razão de sua vida e de sua saudade, acompanhada de seres angelicais vieram para conduzi-lo à esfera dos eleitos.
Um comentário:
Amigo Eduardo, gostei do seu texto. E me inspirou a certeza de que preciso manter meus deveres de casa em dia....Saio correndo daqui para preparar as minhas linhas....fui
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